Um levantamento realizado pela X1 Newsdata nos dias 15 e 16 de abril traçou um panorama do cenário eleitoral entre os eleitores de Cachoeiro de Itapemirim na disputa pelo governo do Espírito Santo. A pesquisa, encomendada pelo jornal Opinião ES, ouviu 500 pessoas por meio de entrevistas presenciais e seguiu metodologia quantitativa, probabilística, com amostragem aleatória simples.
As eleições estão previstas para 2026, quando os eleitores escolherão não apenas o novo governador, mas também deputados estaduais, federais, senadores e o presidente da República. Por enquanto, os nomes apontados são apenas pré-candidatos ou entusiastas da disputa.
Além do governo estadual, a pesquisa também analisou a corrida pelo Senado e a avaliação da istração municipal. Esses dados serão divulgados ao longo da semana.
Espontânea: maioria dos eleitores ainda indecisa 6fq4n
Na pergunta espontânea, quando os entrevistados respondem livremente, sem lista prévia, 65,49% disseram não saber ou preferiram não responder. O governador Renato Casagrande, que está em seu segundo mandato e não poderá concorrer novamente, foi citado por 12,83% dos entrevistados, demonstrando alta lembrança entre o eleitorado.
Em seguida, aparecem Ricardo Ferraço, atual vice-governador, com 6,19%, e seu pai, o prefeito de Cachoeiro, Theodorico Ferraço, com 5,31%. O ex-governador Paulo Hartung foi lembrado por 3,10%.
Outros nomes mencionados incluem:
- Lorenzo Pazolini (prefeito de Vitória): 2,21%
- Sérgio Vidigal (ex-prefeito da Serra): 1,33%
- Léo Camargo (ex-vereador de Cachoeiro): 0,88%
Com 0,44% cada, também foram citados: Norma Ayub (primeira-dama de Cachoeiro), Dr. Bruno Resende (deputado estadual), Carlos Manato (ex-deputado federal), Diego Libardi (ex-candidato a prefeito), Evair de Melo (deputado federal) e Arnaldinho Borgo (prefeito de Vila Velha).
Segundo o analista político Sergio Monjardim, o alto número de indecisos e a diversidade de nomes refletem a distância do pleito:
“O eleitor comum ainda não está atento à eleição, e isso tende a mudar à medida que a campanha ganhe força e os nomes em a circular mais nas ruas e nas redes.”
Estimulada: Ricardo Ferraço lidera com folga 23r6n
No cenário estimulado — quando uma lista de nomes é apresentada — Ricardo Ferraço lidera com 37,22% das intenções de voto. Lorenzo Pazolini aparece em segundo, com 10%.
Outros nomes aparecem com os seguintes percentuais:
- Sérgio Vidigal: 6,94%
- Arnaldinho Borgo: 3,89%
- Euclério Sampaio (prefeito de Cariacica): 3,61%
- Helder Salomão (deputado federal, PT): 3,33%
Os votos brancos, nulos ou nenhum somaram 15,56%, enquanto 14,17% não souberam ou preferiram não responder. Outros nomes somaram 5,28%.
Para Monjardim, o desempenho de Ferraço indica que ele parte com vantagem:
“Com mais de 37%, Ricardo mostra força, muito pela visibilidade como vice-governador e pelo vínculo direto com a gestão Casagrande.”
Ele também ressalta a dificuldade dos demais em se projetar fora de suas regiões:
“Vidigal, Arnaldinho e Euclério estão embolados e com baixa expressão estadual. Já Helder, mesmo deputado federal, ainda precisa romper barreiras para se consolidar.”
Monjardim destaca ainda a relevância dos indecisos e dos votos brancos e nulos:
“Mais de 29% do eleitorado ainda está aberto a mudanças, o que pode redesenhar o cenário nos próximos meses.”
Rejeição: Ferraço e Pazolini têm os maiores índices 1hao
O levantamento também avaliou a rejeição aos nomes testados. Ricardo Ferraço lidera nesse quesito com 12,5% dos eleitores afirmando que não votariam nele de jeito nenhum. Lorenzo Pazolini aparece logo após, com 9,72%.
Outros índices de rejeição:
- Arnaldinho Borgo: 9,44%
- Euclério Sampaio: 8,61%
- Sérgio Vidigal: 8,33%
- Helder Salomão: 5,28%
Além disso, 11,39% rejeitam todos os nomes, e 9,44% disseram não rejeitar nenhum. Um total de 25,28% não souberam ou preferiram não responder.
Monjardim explica que a rejeição acompanha a visibilidade:
“Quanto mais conhecido o nome, maior a exposição e, portanto, maior a chance de rejeição. Isso é natural e não significa perda de liderança, mas exige cautela.”
Ele também destaca que os índices ainda são diluídos:
“A rejeição está pulverizada entre os nomes intermediários, o que indica espaço para crescimento de quem souber se apresentar melhor ao eleitorado.”
Metodologia e tecnologia garantem segurança dos dados x3f1p
A pesquisa possui margem de erro de 4,5 pontos percentuais e nível de confiança de 95%. A amostra respeitou a distribuição proporcional dos eleitores nas sete regiões do município, abrangendo zona urbana e rural.
O estudo também se destaca pelo rigor técnico e pelo uso de tecnologias de rastreamento: cada formulário foi geolocalizado, com registro de tempo, entrevistador e trajeto das coletas. Esse controle permite identificar com precisão o local de cada entrevista e verificar se os pesquisadores seguiram o plano amostral.
As entrevistas foram monitoradas em tempo real, com gravação de áudio e auditoria dos dados, garantindo integridade e confiabilidade. Em casos de verificação, é possível ar o áudio da entrevista e os dados técnicos, como localização, data, hora, duração e dispositivo utilizado.
Todas essas medidas visam garantir a qualidade e a transparência do levantamento, ao mesmo tempo que protegem o sigilo dos entrevistados.
